“O PRESENTE DE CÉSAR” EM DIGRESSÃO PELA REGIÃO VISEU DÃO LAFÕES
Entre 01 de fevereiro e 07 de abril, O Presente de César – Quem vai para o Mar não volta à Terra, um projeto do Teatro Viriato/CAEV para a Rede Cultural Viseu Dão Lafões, será apresentado em nove municípios da região. A estreia desta peça de teatro culinário acontece já de 01 a 03 de fevereiro, em Penalva do Castelo, na Paradores/Casa da Ínsua.

Reflexo de um percurso de 20 anos, a programação do Teatro Viriato para 2019 celebra o trabalho de cooperação cultural em rede através da estreia de “O Presente de César – Quem vai para o Mar não volta à Terra”. Uma encomenda e produção do Teatro Viriato/CAEV para a Rede Cultural Viseu Dão Lafões que conta com o texto original de Sandro William Junqueira e a encenação de Giacomo Scalisi. O espetáculo será apresentado, entre 01 de fevereiro e 07 de abril, em nove municípios da região: Penalva do Castelo, Aguiar da Beira, Castro Daire, Mangualde, Viseu, Nelas, Tondela, Sátão e Santa Comba Dão, num total de 27 sessões. A estreia desta peça de teatro culinário acontece já de 01 a 03 de fevereiro, às 19h30, no município de Penalva do Castelo, na Paradores/Casa da Ínsua.
O Presente de César – Quem vai Para o Mar Não Volta a Terra nasce da vontade do Teatro Viriato de voltar a criar um espetáculo intimamente ligado aos modos de vida e aos produtos endógenos da região Viseu Dão Lafões. Esta peça é uma reflexão sobre histórias de vida das gentes desta região, sobre os portugueses e sobre a sua relação com o mar. Conta histórias trágicas de famílias a quem o mar roubou gente, memórias e sonhos, em troca de um sustento, interpretadas por Graeme Pulleyn, Gabriel Gomes e Sofia Moura. “Queremos contar esta história, queremos mesmo contar esta história. Queremos mergulhar fundo nessa realidade tão distante de nós, realidade fantasma que paira no nevoeiro do nosso país, das nossas veias”, salienta o encenador Giacomo Scalisi.
A ação decorre em paralelo com o jantar que será servido à plateia, estando a criação gastronómica a cargo de Rosário Pinheiro. O bacalhau é, neste espetáculo, um prato que se come e o peixe que se pesca longe, a muito custo, sendo o elo de ligação entre a realidade e a ficção. A região Viseu Dão Lafões, o seu património, os seus produtos e as pessoas que a habitam têm um papel fundamental tanto na narrativa, como nos pratos que serão servidos. “Uma metáfora sobre Portugal, que tem lugar na região de Viseu Dão Lafões. É sobre a ideia permanente de que os portugueses têm de se lançar ao mar para conseguir ir mais além e conquistar melhores condições de vida. É sobre as dificuldades do interior, sobre a partida, sobre a perda. O bacalhau na sua relação com o mar estará sempre presente e junta-se às migas, ao mel, ao vinho, à maçã bravo de Esmolfe e à região”, sintetiza a diretora geral e de programação do Teatro Viriato, Paula Garcia.
Durante cerca de dois meses, a cada fim de semana, a peça circulará pelos diferentes concelhos. A reserva e aquisição de bilhetes deve ser feita junto a cada um dos municípios onde o espetáculo será apresentado, à exceção dos Municípios de Viseu e Tondela que disponibilizam as entradas na bilheteira do Teatro Viriato e da ACERT, respetivamente.
Além da valorização do trabalho de cooperação cultural em rede e do património da região através da apresentação do espetáculo em espaços de reconhecido valor histórico; do ponto de vista artístico, este projeto permite ao Teatro Viriato, no âmbito da sua programação, contrariar a dimensão efémera e imediata dos projetos artísticos que não circulam, nem são explorados na sua profundidade e potência. E, simultaneamente, cumprir com a sua missão de desconcentração da sua atividade para outros territórios e de criação de condições para o desenvolvimento do trabalho de artistas fixados na cidade, como o ator e encenador Graeme Pulleyn, Artista Associado do Teatro Viriato e coordenador do K CENA – Projeto Lusófono de Teatro Jovem; e ainda os atores Gabriel Gomes e Sofia Moura, que iniciaram o seu percurso nos projetos de teatro para jovens do Teatro Viriato e prosseguiram a sua formação académica, regressando agora e voltando a instalar-se na cidade.
O Presente de César – Quem vai para o Mar não volta à Terra é uma encomenda e produção do Teatro Viriato/CAEV para a Rede Cultural Viseu Dão Lafões. Resulta do que tem sido uma aposta permanente do Centro de Artes do Espetáculo de Viseu (CAEV), enquanto associação responsável pela gestão e programação do Teatro Viriato, de diversificação das fontes de financiamento do projeto artístico que tem desenvolvido. Ao longo da sua existência, com maior incidência nos últimos anos, o CAEV conseguiu – através de várias candidaturas – atrair um investimento extra ao financiamento regular do Município de Viseu e da Direção Geral das Artes no valor aproximado de 1 milhão e 300 mil euros.
ACERT, Binaural/Nodar, Cine Clube de Viseu, Teatro Regional da Serra de Montemuro e Teatro Viriato são as estruturas de programação e de criação artísticas que integram a Rede Cultural Viseu Dão Lafões que se destina à consolidação de uma programação cultural em rede para o respetivo território, abrangendo os 14 municípios parceiros da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões (CIM Viseu Dão Lafões). Um projeto financiado no âmbito de uma candidatura da CIM Viseu Dão Lafões ao concurso destinado a Programação Cultural em Rede, cofinanciado pelo Programa Operacional Regional – Centro 2020, com duração de três anos (2017-2019).
Datas e locais de apresentação:
Penalva do Castelo – Paradores/Casa da Ínsua
01, 02 e 03 de fevereiro
Aguiar da Beira – Quinta dos Vilhenas
08 e 09 de fevereiro
Castro Daire – local a confirmar
15, 16 e 17 de fevereiro
Mangualde – Solar do Almeidinha
22, 23 e 24 de fevereiro
Viseu – Solar do Vinho do Dão
1, 2 e 3 de março
Nelas – Mercado Municipal
15, 16 e 17 de março
Tondela – Solar de Vilar
22, 23 e 24 de março
Sátão – local a confirmar
29, 30 e 31 de março
Santa Comba Dão – Solar dos Costas
05, 06 e 07 de abril