PAQUISTÃO, UM MUNDO À PARTE
Chego ao aeroporto de Lahore e apesar da simpatia dos polícias da alfândega sou questionado durante uns 15 minutos o porquê de visitar este país. Não é muito comum alguém visitar o Paquistão e talvez daí a curiosidade.
Saio do aeroporto e pergunto a um taxista se conhece a pousada para onde quero ir e ele diz que sim. A verdade é que ele não conhecia bem onde ficava a pousada e estive quase uma hora com ele à procura.
Depois de encontrar a pousada numa rua escondida no meio do nada, posso dizer que foi a noite mais barata onde alguma vez estive, 1 euro e 60 cêntimos por noite.
O Paquistão é sem dúvida um mundo à parte. Longe de tudo e de toda a tecnologia vemos as crianças a brincar nas ruas, mesmo chovendo.
As pessoas são bastante curiosas e quando te vêem com uma máquina fotográfica também querem uma foto. O mais curioso é que ninguém conhecia Portugal, mesmo eu falando do Cristiano Ronaldo, eles ficavam pasmados a olhar para mim.
Contudo, o povo é bastante simpático e há sempre um sorriso puro e um acenar de mãos quando passamos. Quer queiramos, quer não, somos diferentes no tom de pele e no vestir e acabamos sempre por dar nas vistas.
A cidade de Lahore tem o seu encanto. Por um lado temos ruas completamente loucas, onde burros e bicicletas transportam tudo. As ruas parecem labirintos e é muito fácil se perder, e eu como gosto de me infiltrar no meio do povo e aventurar-me, acabei mesmo por me perder.
Com a ajuda e a simpatia duns polícias lá encontrei o caminho de volta para a pousada.
Por outro lado temos o forte de Lahore e a lindíssima mesquita de Badshahi que é sem dúvida um contraste enorme com aquelas ruas estreitas onde constantemente temos de estar atentos para não sermos atropelados por bicicletas e pela multidão.
Rui Daniel Silva