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    VELOCIDADE: Team Novadriver vai apostar no CNV

    Team Novadriver vai apostar no CNV

    Após a conquista de mais um Campeonato Nacional de Velocidade (CNV), o Team Novadriver vem reafirmar o seu compromisso com a competição nacional, anunciando a sua participação no CNV 2016, dando assim expressão ao seu apoio à nova regulamentação TCR que servirá a base do regulamento da competição.

    O Team Novadriver empenhou-se a fundo no reconhecimento das melhores opções para servir os objetivos da equipa. Para isso, o seu responsável máximo, César Campaniço, cumpriu testes aos vários modelos disponíveis, permitindo assim uma escolha informada do veículo a utilizar pelo Team Novadriver na defesa do título no CNV e nas provas internacionais.

    TEAMNOVADRIVER_CesarCampanico_1090Após esses ensaios, César Campaniço elaborou uma “short list” com três modelos, aqueles que maiores garantias ofereceram ao experiente piloto, várias vezes Campeão Nacional de Velocidade e Campeão de Espanha de GT. O Volkswagen Golf, o Seat Leon e o Honda Civic, fazem parte dessa lista final apurada pelo Team Novadriver.

    O primeiro oferece, além da competitividade demonstrada, o prolongamento de uma relação ganhadora com o grupo Volkswagen e com a SIVA, representante da VW em Portugal, depois de cinco anos com os Audi R8 LMS Ultra, nos diversos campeonatos de GT, recheados de títulos conquistados pelo Team Novadriver.

    O segundo é outra opção valida, pela sua competitividade e pela logística facilitada pela localização da Seat Sport em Espanha. O último modelo desta curta lista acaba por seduzir pela competitividade mas também pela boa relação que o Team Novadriver estabeleceu nos dois últimos anos com a Honda Portugal, a propósito da participação, vitoriosa, do Tatuus PY012/Honda no CNV.

    O Team Novadriver irá apresentar o seu projeto para 2016 brevemente.

    César Campaniço“Como sempre, o Team Novadriver encara o futuro com profissionalismo e tal como sucedeu com o projeto GT quando nasceu, rodeamo-nos das melhores condições e de todas as informações, para tomar uma decisão correta e que nos proporcione manter uma dinâmica de vitória. Temos como estratégia participar nas competições a nível nacional e ibérico para ganhar experiência com os novos carros, numa primeira fase, partindo depois em busca de um projeto europeu ou internacional que nos forneça garantias de lutar pelos melhores resultados.

    Quanto ao modelo TCR que servirá de base à nossa participação, a escolha já está feita, faltando apenas terminar o desenho financeiro para comportar o investimento necessário na aquisição de viaturas novas. Mas brevemente faremos o anúncio do programa desportivo do Team Novadriver para 2016.

    Posso dizer que a aposta do Team Novadriver nos TCR está intimamente ligada à convicção que eu e o departamento técnico da equipa temos que, a nível de sustentabilidade futura, a decisão de ter um campeonato com viaturas que podem ser rentabilizadas a nível praticamente global e com custos contidos, é a mais correta.

    A vantagem de poder utilizar viaturas facilmente reconhecíveis com os modelos de segmento que mais se vende no nosso país, será, de igual maneira, um trunfo importante para o sucesso desta fórmula de competição.

    Começar um Campeonato com uma categoria que é praticamente nova vai obrigar a esforços financeiros muito importantes das equipas. O que vai obrigar a que os projetos dependam, nesta fase, apenas de apostas pessoais. Se os regulamentos estabilizarem, o produto oferecido for de qualidade e a promoção a correcta, acredito que dentro de algum tempo podemos seduzir as marcas a envolverem-se de forma mais séria e empenhada. A ‘bola’ está agora do lado da federação e dos promotores no sentido de promoverem a categoria e tudo fazerem para conseguir melhorar o produto.

    Tem que haver produto de qualidade. Isso é uma verdade inatacável. Porém, há sempre alguma coisa que se pode fazer a montante, ou seja, encontrar formas de dinamizar a competição e premiar os que investem no CNV, com prémios que diminuam os custos fixos. Apoios esses que podem passar pela oferta de jogos de pneus, gasolinas, materiais diversos aos melhores da competição e, também, aos restantes. Não terá de ser prémios em dinheiro.

    Temos de começar por algum lado e é fundamental aliciar quem vai ou quem está a pensar disputar o CNV, ajudando nos custos dessa mesma participação com estes prémios, não deixando de  premiar de forma clara quem faz melhor trabalho.

    Penso que o sucesso do campeonato passa, também, pela sensação que todos podem ter que investir, participar e ser profissional, irá ser recompensado com uma boa ajuda para diminuir os custos fixos da competição. Se assim for, os interessados serão em maior número e a competição mais acesa e, sobretudo, mais interessante para quem assiste.

    Finalmente, entendo que deveria ser a FPAK a abrir concursos para a promoção de campeonatos específicos que, depois, deveriam ser escolhidos mediante linhas mestras ditadas por profundo estudo do que é o panorama do desporto automóvel de velocidade em Portugal.

    Temos, de uma vez por todas, de deixar o amadorismo, o empirismo e partir para decisões informadas que apontem soluções correctas e viáveis para o futuro. Esse estudo terá de analisar de forma criteriosa e profissional o aspecto financeiro, a inovação tecnológica e as bases técnicas para que a escolha feita proporcione uma preparação próximo do ideal a um piloto que queira, mais tarde, dar o salto para uma carreira internacional.

    Depois, temos de enfrentar uma dura realidade: a Velocidade em Portugal precisa, urgentemente, de um novo rumo, mas um novo rumo bem estruturado e com contributos de todos e não apenas de alguns, onde valores como a estabilidade, contenção de custos e saídas para um futuro internacional, sejam inegociáveis.

    Por tudo isto, o Team Novadriver não deseja apoiar qualquer iniciativa que esteja fora do quadro de uma competição de Endurance, criada pela FPAK, onde os sport-protótipos seriam a melhor opção para esse efeito, reunindo os vários carros que existem e diluindo custos entre dois pilotos com corridas mais longas que ofereçam uma boa base de evolução para os mais jovens.”