Para quem deixaria uma mensagem que será lida daqui a 20 anos?
No âmbito da reta final das comemorações dos 180 anos do município de Valongo, foi desenvolvida uma ‘Cápsula do Tempo’ para receber mensagens que só serão lidas daqui a 20 anos, altura do bicentenário do concelho. Uma ideia criativa que desafia as pessoas a marcarem encontro com o futuro.
A obra criativa – design e produção – é dos artistas plásticos valongueses: Cláudia Nair (Marias Paperdolls) e Victor Escaleira, uma dupla de criativos que têm vindo a desenvolver, em parceria, alguns trabalhos e exposições.
A iniciativa da autarquia valonguense tem como objetivo provocar um diálogo entre gerações, de modo a que os desejos e os esforços para uma sociedade e um mundo melhor, possam ser vistos em perspectivas, daqui a 20 anos, por pessoas que acompanharam esta jornada. Até ao ano 2037, a ‘Cápsula do Tempo’ estará no Museu e Arquivo Municipal de Valongo, aberta a todos os cidadãos que desejarem deixar uma mensagem.
Ao longo deste período, a ‘Cápsula do Tempo’ será preservada, cabendo ao município a sua guarda até à celebração dos 200 anos da cidade do pão, do biscoito e da pedra negra (ardósia).
A apresentação da ‘Cápsula do Tempo’ terá lugar no Pavilhão Municipal de Valongo às 10h00, incluindo o musical “Da Lenda à História” e coreografias alusivas aos 180 Anos de município.
Cláudia Nair Oliveira | Mentora do projeto artístico MARIAS PAPERDOLLS:
Abraça a arte de reciclar papel para construir bonecas artesanais que retratam cultura, património e personalidades. Cada peça conta uma história, defende uma causa, passa uma mensagem, tem alma e identidade própria.
As MARIAS PAPERDOLLS assentam num conceito criativo contemporâneo e ambiental, cuja essência é humanista e gira em torno do universo feminino, como forma de exaltar a beleza e os direitos da Mulher. As MARIAS PAPERDOLLS contam histórias e viajam pelo mundo. Conhecem bem o país e até já se internacionalizaram em países como Espanha, França, Itália, Bélgica, Dinamarca, Canadá e Japão.
Victor Escaleira | Escultor
Abraça a arte de esculpir madeira, criando obras inspiradas no que o rodeia. Depois de uma passagem de cinco anos a trabalhar ao vivo a madeira numa companhia de teatro, no âmbito de feiras temáticas em Portugal e estrangeiro, faz um interregno desde 2010, voltando ao ativo em 2016, iniciando uma nova fase nos seus trabalhos.
O seu mais recente projeto criativo retrata a recriação da azulejaria portuguesa em madeira, estando a preparar uma exposição para 2018 em Copenhaga, Dinamarca.