Cenas na Rua inicia “Verão em Tavira”
No âmbito programa cultural Verão em Tavira, decorre, de 01 a 14 de julho, pelas 22h00, a 15ª. edição do Festival Internacional de Teatro e Artes na Rua – “Cenas na Rua”, o qual conta com muitas novidades e alguns dos melhores grupos e projetos portugueses e internacionais.
Espetáculos intimistas e visuais com interação com o público a não perder nas praças e largos da cidade.
Tome nota da programação deste ano:
“Big Dancers” – Cia El Carromato (Espanha)
01 de julho
Itinerância Jardim da Alagoa e Praça da República
Todos os públicos | percussão/ itinerante
Performance itinerante em que várias marionetas gigantes (4m altura) realizam diferentes coreografias, invadindo as ruas com músicos guiados por um maestro de cerimónia que convida os espetadores a dançar. Um espetáculo em que o público é parte da diversão.
Espetáculo de abertura da Capital Europeia da Cultura 2018 Malta.
“DistanS” – Vol e Temps (Espanha)
02 de julho
Praça da República
Todos os públicos | circos/teatro
Prémio LORCA para o “Melhor espetáculo de Circo” e Prémio FETEN em Gijón (Astúrias, Espanha).
Um pacto, um código secreto, uma cápsula do tempo, uma promessa… Daqui a 20 anos, no mesmo sítio, à mesma hora. A velha casa da árvore, onde os amigos passavam as tardes livres entre jogos, risos, fantasias e cumplicidade.
O tempo passa e a distância é inevitável, mas não tem que pressupor o esquecimento.
“DistanS” fala de amizade: as recordações que permanecem vivas nos corações, apesar da passagem dos anos. Fala da fragilidade do ser humano, da rutura, da solidão e do amor, capaz de regenerar e reconstruir as relações. Uma viagem, através das emoções no seu espaço visual e sonoro que envolve as cenas de circo acrobático e teatro gestual.
“Babo Royal” – Ganso & Cia (Espanha)
03 de julho
Jardim do Coreto
Todos os públicos | clowns
Um rei lunático e um trovador singular. Um pequeno território onde reina a excentricidade. Soam as trompetas, ondulam as bandeiras, que princípio de festança!
Todos são convidados a participar, simbólica ou fisicamente, no desfile, no combate ou no torneio real. Tudo o que o rei desejar terá que acontecer.
“Babo Royal” é um jogo onde as hierarquias se invertem, onde o previsível surpreende, onde estão proibidas a sisudez e a normalidade.
“Bô é o Asno que me leva” – Cia da Esquina (Portugal)
04 de julho
Largo Abu Otomane / Castelo
Todos os públicos | commedia dell’arte
Um desfile da obra de Gil Vicente. Um espetáculo performativo com personagens alegóricas que constituem uma crítica à época e à sociedade em que se inseriam.
Uma crítica aos vícios, hábitos e costumes pontuada pela venalidade da magistratura, o antissionismo popular, o gosto exagerado pelas aparências, a pelintrice, os preconceitos populares e os conflitos entre o Poder Real e o Poder eclesiástico.
“A Farsa do Mestre Patalão” – Ao Luar Teatro (Portugal)
05 de julho
Alto de São Brás
Todos os públicos | commedia dell’arte
Patalão é mestre em advocacia por decisão e vocação. É também um homem de apurados e improvisados recursos, quer seja em tribunal, quer seja nas muitas tropelias que a vida lhe proporciona. Cavalheiro de promessa fácil assume com Guilhermina, sua esposa, o compromisso de trazer algo da feira. Sem um tostão no bolso encontra Gualdino, comerciante sério e sovina…
Comédia escrita no século XV por um anónimo francês que a companhia Ao Luar Teatro leva a cena inspirada no estilo artístico commedia dell´arte. Com muita música e diversão, este pretende ser um espetáculo para toda a família.
“Chefs” – Yllana (Espanha)
06 de julho
Praça da República
Todos os públicos |comédia / gastronomia
Um olhar divertido sobre o fascinante mundo da gastronomia. A história centra-se num Chef de grande prestígio que perdeu a inspiração e que tem que confiar numa disparatada equipa de cozinheiros para criar uma receita espetacular e inovadora e assim manter as estrelas do seu restaurante. Uma viagem pelas distintas facetas do mundo da cozinha: a relação com os alimentos, os animais, as diferentes cozinhas e sabores do mundo. Os egos, a competição entre estes “cozinheiros estrela“ e tudo o que, com muito gosto, vai caindo na caçarola do humor de Yllana.
“O Mar de Sophia” a partir de Sophia de Mello Breyner – Poetry Ensemble (Portugal)
07 de julho
Praça da República
Todos os públicos| poesia / música
“O Mar de Sofia”, que conta com a chancela da Comissão das Comemorações do Centenário de Sophia de Mello Breyner Andresen, é um espetáculo em formato multimédia, o qual usa a imagem e a música como complementos da palavra dita.
O espetáculo conta, para além da formação base do Poetry Ensemble, com a participação de um violino, de um violoncelo e do DJ X-Acto. As vozes convidadas para este espetáculo são as das atrizes Margarida Vila-Nova e Carla Bolito, bem como da poetisa Paula Cortes e da cantora Vivianne.
“Volat” – Pepa Cases [Espanha]
08 de julho
Alto de São Brás
Todos os públicos | dança e teatro
Vive-se numa sociedade, onde a aparência é o mais importante, onde as pessoas são o que têm ou o que aparentam ter ou ser. Mostram-se como querem, mas quase nunca como são. Isto faz pensar na ideia de voltar à essência, do singelo, do frágil, do unicamente necessário. É necessário tanto para se ser feliz?
“De traca” – Pepa Cases [Espanha]
09 de julho, 21h30
Bela Fria
Todos os públicos | dança / teatro
Uma bailarina, a participação do público e o cheiro da pólvora são os ingredientes desta peça que reflete, de uma maneira terna e poética, sobre os refugiados e qual a posição das pessoas perante esta problemática.
“De traca” é uma expressão espanhola utilizada quando se refere a algo chamativo ou escandaloso, ou quando algo parece incrível, como as notícias divulgadas nos noticiários todos os dias.
Um trabalho que evoluiu surpreendentemente para misturar a dança, o teatro e a poética urbana e não deixar ninguém indiferente com uma história simples, humana e, lastimavelmente, atual e universal, como a dos refugiados.
“Fanzine” – Teatro Regional da Serra de Montemuro (Portugal)
09 de julho
Jardim do Coreto
Todos os públicos |teatro
O mestre do crime, Lex Luthor, escapa do mundo da banda desenhada para o século XXI, com a única intenção de fazer estragos. Auxiliado pela sua assistente pessoal “Paciência” e pela “Mulher Eletricidade”, Luthor ambiciona vergar a civilização, roubando a internet.
Todos os seus antigos adversários, os super-heróis, estão agora aposentados. Mas, quando um velho e familiar sinal aparece na noite escura, os antigos heróis deixam as suas atuais vidas para se reunirem novamente.
Conseguirão os antigos super-heróis esquecer velhas inimizades e rivalidades e reaprender a usar os seus poderes?
“Boate – Migratory Odyssey” – Cirque Rouages (França)
10 de julho
Itinerante – Praça da República
Todos os públicos | dança/novo circo/poesia visual
Dois homens em movimento, equilíbrio ou queda. Nas suas costas, uma caixa de madeira, pesada como o passado, vazia como o futuro. Sem palavras, seguindo o ritmo de caixa, assumem a liderança e caminham casualmente com a leveza da juventude, cheios de força e esperança. Os seus corpos falam, desenham a viagem, o perigo ameaça, mas os riscos assumidos são alegres e vitoriosos. Mudam as suas vidas e desafiam as leis da física.
“Correr o Fado” – Quorum Ballet (Portugal)
11 de julho
Praça da República
Todos os públicos | dança / música
Fado, a mais representativa forma de expressão da cultura tradicional portuguesa. Numa multiplicidade de movimentos, sons, sensações e sentimentos, os bailarinos transmitem com a sua arte, extrema beleza, inexcedível sensibilidade e aparente facilidade, tudo o que os sentidos percebem e o coração apreende. Ao fundir o Fado com a Dança Contemporânea, “Correr o Fado” quebra com a tradicional forma de ver, ouvir e sentir o Fado, desmistificando a sua conotação saudosista e melancólica.
“Sinergia 3.0” – Cia. Nueveuno (Espanha)
12 de julho
Praça da República
Todos os públicos | malabares
Este ano comemoram-se os 500 anos da morte de Leonardo Da Vinci. Sinergia 3.0 é baseado numa reinterpretação deste mestre renascentista, onde se gera uma reflexão e interpretação livre do público. A dramaturgia constrói-se sobre dois eixos: um visual e outro emocional, através dos quais as personagens evoluem no processo de integração e interação com o grupo.
A cenografia é manipulada, criando diferentes estruturas com coreografias precisas de movimento. Tudo isto com uma banda sonora composta, expressamente, para o espetáculo em sintonia com a transformação de objetos, personagens, situações e estados.
“Arturo y Clementina” – Titiritrán Teatro (Espanha)
13 de julho
Biblioteca Municipal Álvaro de Campos
Todos os públicos | música / teatro de objetos / cinema
“Arturo y Clementina” são duas tartarugas apaixonadas que decidem partilhar a sua vida. Clementina é alegre, vivaz e sonhadora e Arturo carrega sobre a sua carapaça a responsabilidade de mantê-la e oferecer-lhe tudo o que considera valioso. Mas os critérios de ambos são muito diferentes. Enquanto Clementina quer sentir a arte e a vida, Arturo apenas valoriza a cultura já consagrada e ri-se da “ingenuidade” da sua companheira ao querer desenvolver distintas atividades artísticas.
Quando Clementina foge da proteção asfixiante, Arturo não entende como ela rejeita os seus esforços por brindar-lhe com uma vida cheia de objetos valiosos.
O Cardume vai à praia – Armação do Artista (Portugal)
14 de julho, 10h00
Ilha de Tavira
Todos os públicos | animação itinerante
Os peixes são personagens interpretadas por um grupo de atores com inspirações no imaginário do artista plástico René Magritte. Este cardume reflete uma linguagem de impacto poético-visual influenciado por um “realismo mágico”, baseado no amor surrealista aos paradoxos visuais, onde o grupo de personagens é um quadro vivo de cariz surreal. A animação consiste num percurso, pela Ilha de Tavira, feito pelas personagens, numa interação com o veraneante.
Stereossauro – Bairro da Ponte (Portugal) convida NBC e Dj Ride
14 de julho
Praça da República
Todos os públicos |fado / música eletrónica
Aqui celebra-se o acervo exclusivo da voz de Amália Rodrigues e da guitarra de Carlos Paredes, redescoberto por Stereossauro e partilhado com artistas convidados. Mas não se espere encontrar um bairro de fado. Na tasquinha da esquina as raízes da música portuguesa cantam ao som do hip hop e nunca se faz silêncio. É numa desgarrada ensaiada que a guitarra portuguesa se junta ao rock com uma batida eletrónica.
Um bairro cheio de artistas, onde 19 temas acabam com a distância de estilo e idade.
Convidados do álbum: Carlos do Carmo, Gisela João, Dj Ride, Slow J, Plutonio, Papillon, Camané, Tigerman, Rui Reininho, Capicua, Ace, NBC, Holly, Nerve, Paulo de Carvalho, Dino D’Santiago, Razat, Ana Moura, Ricardo Gordo e Sr. Preto.