Ecos do Rally de Portugal
Como o tempo não volta o que volta é a vontade de voltar
…é este o meu sentimento ao longo dos anos a que certamente se junta o mesmo desejo de muitas das milhares de pessoas que se deslocaram a esta prova que, para além da beleza das paisagens, é um desafio pessoal, pela dureza do percurso, pelo clima que nos espera mas sobretudo pela confraternização.
O serpentear da serra, a sua beleza natural, os seus monumentos e a chegada ao “palco dos campeões” a classificativa, sem dúvidas, foram a motivação que há quase 4 décadas me levam a este desafio de assistir ao espectáculo de condução mas também de linhas agressivas e desportivas, cor, som, multidão e tudo o que compõe uma prova tão especial do Mundial de Rallys.
Levei, o que antes seria a máquina de filmar agora a inseparável máquina fotográfica, mas antes de atingir o cume, onde ficamos quase sem respiração, mar de um lado, vale a perder de vista do outro, já tinha decidido: para quê a máquina, mesmo parando em todas as escapatórias, não havia maneira de fazer juz ao que o coração atingia. No entanto, quanto mais não seja para recordação da minha “aventura” vivida e partilhada entre um grupo de amigos e entusiastas, ilustrada a caminhada com alguns instantâneos.
Há maratonas e depois há os desafios loucos, que incluem desníveis loucos, temperaturas extremas, para cima e para baixo, humidades insuportáveis, sol torrante, altitudes e dificuldades várias.
Serra de Santa justa em Ponte de Lima; Aboboreira em Baião e Serra da Cabreira em Vieira do Minho são, verdadeiramente, únicas. Por certo que são muito belas.
É esta singularidade que alicerça a celebridade destas regiões, o seu renome internacional entre poetas, artistas e pensadores…. e agora entre os pilotos de ralis mais populares entre todos!
É este o estado de espírito que inspira qualquer aficionado como eu, tamanha beleza não se descreve nem se quantifica: vive-se!
Foi assim o meu Rally de Portugal.
Fotos: News Motor Sports – convivido entre adeptos de Baião, ficando esta foto para mais tarde recordar. … sempre com muita animação e diversão.
Texto: Paulo Pinto
