Um dos grandes apoiantes da edição deste ano da Feira de Vinhos do Dão é um novo projecto turístico que abriu em Maio, as Casas de Lupo.
Quando, em 2003, o empresário Carlos Torres decidiu recuperar a casa dos avós, José e Maria José Antunes da Cunha, onde ia passar as férias quando era pequeno, na aldeia da Lapa do Lobo, entusiasmou-se e recuperou outras tantas casas, que deram origem a um turismo de charme e ainda a uma fundação muito activa e dinâmica, promotora das mais diversas iniciativas culturais.
Inauguradas em Maio deste ano, as Casas do Lupo são um dos grandes apoiantes da 23ª Feira de vinhos do Dão, sendo lá também que pernoitarão alguns dos convidados. A recuperação destas casas foi fiel à utilização dos materiais construtivos tradicionais da região, o granito e a madeira. A decoração assentou na recuperação de móveis antigos, muitos deles pertencentes aos proprietários. Os espaços exteriores foram criados segundo um conceito minimalista, com contrastes entre a ancestralidade das oliveiras existentes e a modernidade de algumas intervenções.
O complexo Casas do Lupo é composto por quatro casas e oito quartos, todos decorados de forma moderna mas diferentes uns dos outros. É no núcleo principal de casas que daõ para o principal largo e ponto de encontro da aldeia, que também se encontram as zonas de lazer comuns, constituídas por sala de pequenos-almoços, sala de estar e bar, bem como o jardim, com piscina e bar de apoio com esplanada.
Parte do projecto, a funcionar desde 2010, é a Fundação Lapa do Lobo, também ela uma casa recuperada, onde como o próprio nome indica existe uma fundação com objectivos culturais e pedagógicos, que integra um espaço cibernético, uma biblioteca, um espaço para exposições, um auditório para cerca de 90 pessoas e um espaço multifuncional para organização de cursos de aprendizagens diversas, o que necessariamente trouxe à localidade e à zona uma grande dinamização cultural.