Na sequência do cancelamento da barragem de Girabolhos
MUNICÍPIO DE MANGUALDE COMPENSADO COM VERBA QUE PODE ASCENDER A MAIS DE 1,5 MILHÕES DE EUROS
PROTOLOCO ASSINADO COM A EMPRESA HIDROMONDEGO VAI PERMITIR À AUTARQUIA INVESTIR NA REABILITAÇÃO DE ESPAÇOS RODOVIÁRIOS E NA REABILITAÇÃO DE ZONAS INDUSTRIAIS
No passado dia 30 de junho, a Câmara Municipal de Mangualde assinou um protocolo com a empresa Hidromondego – Grupo Endesa, na sequência do cancelamento da barragem de Girabolhos. A empresa, que iria construir a barragem, vai disponibilizar cerca de seis milhões de euros para apoiar diversos investimentos, sendo cada um dos municípios beneficiado com uma verba de mais de 1,5 milhões de euros. Envolvidos estão também os municípios de Gouveia, Nelas e Seia e apesar de estarem satisfeitos com os protocolos assinados, os autarcas lamentam a decisão da não construção da barragem de Girabolhos. A assinatura do protocolo decorreu na presença do ministro, João Matos Fernandes, e dos secretários de Estado do Ambiente e da Energia, Carlos Martins e Jorge Seguro Sanches.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, João Azevedo, “o acordo não está fechado e o valor atribuído a cada autarquia pode ser maior. Espero que sejam mais umas centenas de milhares de euros para cada concelho”. O autarca, porta-voz dos quatro municípios, adiantou que cada município “decidiu a sua estratégia para o investimento”. No caso de Mangualde, “fomos para projetos onde temos mais necessidade de investimento, numa zona de proximidade ao espaço de intervenção e optámos por projetos que não são financiados neste quadro comunitário, ou que nesta primeira fase não estão com tanta eficácia no cofinanciamento”, afirmou João Azevedo. Assim, os “investimentos no concelho serão feitos na reabilitação de espaços rodoviários e na reabilitação de zonas industriais, uma vez que é nosso objetivo é investir naquilo que prioridade para a nossa população”acrescentou.
Falando da barragem de Girabolhos que já não vai ser construída, João Azevedo salientou “naturalmente que a expetativa que foi criada ao longo dos anos para que este investimento fosse feito não consegue ser apagada. Efetivamente não há essa possibilidade de recompensa e o retorno de toda a atividade económica que ia acontecer não é reposto”. “No entanto, esta era uma situação que tinha que ser feita para terminar o processo. Foi feito dentro de todo o enquadramento de boa convivência e do bom relacionamento, atingindo níveis históricos de investimento excecional nos concelhos. O processo foi extremamente bem conduzido até ao fim”, acrescentou.