TAÇA MANUEL AGRELLOS
PROFISSIONAIS LIDERAM MAS AMADORES ACREDITAM
A SELEÇÃO NACIONAL DA PGA DE PORTUGAL COMANDA POR 7-3 A RYDER CUP À PORTUGUESA, O MAJOR NACIONAL QUE AMANHÃ TERMINA NO MONTADO HOTEL & GOLF RESORT COM OS EMBATES DE SINGULARES
A seleção nacional de profissionais lidera por 7-3 a 4ª edição da Taça Manuel Agrellos, depois da jornada de hoje (quinta-feira) dedicada aos pares, no Montado Hotel & Golf Resort, em Palmela.
Tanto nos fourball matinais (4 bolas em jogo, escolhendo-se a melhor de cada equipa) como nos foursomes vespertinos (pancadas alternadas) o resultado foi sempre o mesmo, de 3,5 para a equipa da PGA de Portugal e de 1,5 para a da Federação Portuguesa de Golfe (FPG).
O resultado de 7-3 não surpreende pois já no ano passado, no final do primeiro dia, registava-se 6,5-3,5 para os profissionais, que tentam defender o título amanhã e igualar as duas vitórias dos amadores nas edições de 2012 e 2013.
Para o resultado desnivelado contribuíram a boa forma dos profissionais, em alguns casos surpreendente, mas também a juventude dos amadores, claramente em fase de renovação da equipa, com quatro jogadores que se estrearam na chamada Ryder Cup à portuguesa, três do escalão etário de sub-16 e um de sub-18.
Os dois capitães procuraram a mesma estratégia de concentrar os melhores para garantir logo alguns pontos.
Foi por isso que do lado da PGA de Portugal José Correia escalonou duas equipas que já representaram Portugal na Taça do Mundo – as de Ricardo Santos/Hugo Santos (de manhã) e Ricardo Santos/Tiago Cruz (à tarde).
Pela mesma razão, o selecionador nacional Nuno Campino colocou Vítor Lopes e Tomás Silva (à tarde), que já atuaram juntos em Europeus, e Tomás Silva com Tomás Bessa (de manhã), jogadores que este ano foram chamados, por exemplo, para torneios do European Tour em Portugal.
Do lado da PGA de Portugal os objetivos foram totalmente cumpridos, dado que todos os pares favoritos venceram os seus duelos e ainda houve a surpresa agradável do treinador do Club de Golf de Miramar, Sérgio Ribeiro, somar pontos nos seus dois embates, de manhã ao lado de João Carlota e à tarde com Nelson Cavalheiro.
Do lado da FPG, Tomas Bessa e Tomás Silva obtiveram uma bela vitória de manhã sobre António Sobrinho e Nelson Cavalheiro, enquanto à tarde foram João Girão e Vasco Alves a arrancarem um grande sucesso diante de Gonçalo Pinto e Francisco Costa Matos.
O confronto mais equilibrado, que atingiu excelente nível, foi o empate entre os profissionais Miguel Gaspar e Gonçalo Pinto e os amadores João Girão e Vasco Alves. «Nós terminámos com cinco abaixo do Par e empatámos», disse Gaspar. «E ainda fizemos 1 eagle», acrescentou Pinto.
Houve ainda outro empate, dos amadores Tomás Bessa e Francisco Oliveira diante dos profissionais Sérgio Ribeiro e Nelson Cavalheiro. Este foi o último “match” do dia, concluído com um ambiente fantástico, com as duas seleções completas a reunirem-se no green do 17 e no tee do 18, em pleno crepúsculo, sem visão à distância mas todos com muita garra.
Em termos individuais, houve cinco jogadores profissionais que ganharam os seus duelos: Ricardo Santos, Tiago Cruz, João Ramos, João Carlota, Hugo Santos.
Entre os amadores, houve três jogadores invencíveis, a somarem uma vitória e um empate: João Girão, Vasco Alves e Tomás Bessa, sendo de destacar a prestação do rookie de sub-16 Vasco Alves.
Amanhã (sexta-feira) realizam-se os 10 embates de singulares, a partir das 08h00. Os resultados completos estão em anexo.
Declarações dos capitães de equipa
José Correia (PGA de Portugal): «Foi um dia positivo, estamos bastantes satisfeitos com a vantagem que criámos neste primeiro dia. A minha equipa esteve muito bem, com entrega e união entre os jogadores, foi o que lhes pedi. Somos favoritos mas temos de prová-lo. São 4 pontos de vantagem mas amanhã a atitude terá de ser a mesma, vamos tentar entrar fortes, pontuar cedo, para que possamos chegar à vitória o mais rapidamente possível, mas respeitando o adversário, porque sabemos que a equipa da FPG está muito motivada e o Nuno Campino tem feito um trabalho fantástico».
Nuno Campino (FPG): «O balanço não é positivo, estamos a perder. Claro que é uma taça para divulgar a modalidade, para convivermos, mas é importante ganhar e é isso que tento incutir nos jogadores. Estamos aqui a treinar para a próxima época mas é importante ganhar. Hoje não conseguimos jogar bem. Poderemos ser muito mais fortes nos foursomes porque estamos mais habituados mas fizemos erros técnicos e táticos muito fracos e isso custou-nos. Amanhã teremos de ganhar mais do que eles. O importante é tentar arranjar uma maneira de colocar em confronto os mais fortes deles com os nossos mais fortes para conseguirmos ter hipótese de discutir a Taça, porque eles precisam de somar menos pontos do que nós para vencerem. Acredito que seja possível dar a volta ao resultado. Eu acredito que todos eles têm valor para ganhar a qualquer profissional que está aqui, desde que joguem o que sabem».