A Escape Livre Magazine acompanhou a aventura que em Portugal percorreu logo no primeiro dia 385 Kms. O percurso fora das auto-estradas iniciou-se no Castelo de Almourol, e levou os participantes até ao ponto mais alto da Serra da Estrela, a 1993 metros de altitude, antes da descida para a Pousada Serra da Estrela, local para a primeira noite de descanso. As curvas da N2 abriram o apetite para os memoráveis dias que se avizinhavam, e apenas a paisagem devastadora originada pelos recentes incêndios de Pedrogão Grande perturbava os fantásticos momentos de condução. Pelas curvas da Pampilhosa da Serra, a caravana de 19 viaturas foi desfrutando do prazer de condução que algumas estradas do nosso país ainda oferecem.Com destino a Salamanca, no 2º dia as máquinas desfilaram pelas estradas do parque Natural da Serra da Estrela. O som dos motores a fazer eco por entre a Serra, provocava sorrisos, não só nos condutores, mas também nos acompanhantes. Manteigas, Seia, Nelas, Viseu, Castro Daire e Cinfães foram alguns dos locais que viram passar a caravana do GTR, antes da paragem na Régua, para reagrupamento, antes de percorrer a melhor estrada do mundo. A EN222, conduziu os participantes até Freixo de Numão, depois de São João da Pesqueira e antes de Vila Nova de Foz Côa, onde se iniciou a descida para Barca D’alva, assinalando a entrada em Espanha e o fim da aventura em território Português. O número de quilómetros diários foi aumentando mas sempre com a devida recompensa.
A chegada aos Picos da Europa ofereceu paisagens únicas, permitindo não só disfrutar do entusiasmo da condução, como apreciar a envolvente paisagista indiscritível. A estrada até Cangas Onis foi uma das experiências marcantes desta aventura, com desfiladeiros e imponentes paredes montanhosas, bem como a N621 que se seguiu, esta última descrita por alguns participantes como sendo mesmo a mais entusiasmante de todo o percurso. Em Burgos as máquinas puderam arrefecer os motores, depois do dia mais longo desta aventura com 671 Kms percorridos em mais de dez horas de condução. As intensas experiências sucediam-se, e a subida aos Pirinéus foi feita numa sucessão de curvas a 180º que só por si deixava a vontade de regressar. O ritmo acelerado não impedia as paragens sucessivas para contemplação das majestosas paisagens, com os cavalos selvagens e outros animais a invadirem os momentos registados em fotografia. O Col de la Pierre St Martin, o Col Pourtalet, o Col Soulor e o Col Aubisque, todos eles acima dos 1500m de altitude foram os pontos altos de mais um dia de aventura.
As exigentes curvas e subidas começava a preocupar os mais audazes, devido ao desgaste rápido dos pneus, levando mesmo alguns participantes a ter que trocar pneus para continuar em segurança. Para que não ficasse de fora nenhuma experiência, o quinto dia amanheceu chuvoso e deixou desde logo apreciar o efeito das proteções de Quartz e películas nas pinturas dos protagonistas, com as gotas de água a escorrerem sem deixar vestígios. Os primeiros quilómetros permitiram experienciar a condução com piso molhado, e os Bridgestone Potenza S001 da viatura da Escape Livre Magazine mostraram-se indiferentes, revelando a mesma segurança e aderência, com uma capacidade de escoamento bastante notável.
O Col du Tourmalet, a mais de 2000m de altitude serviu uma vez mais para registos fotográficos e reagrupamento. Seguiram-se os Col Aspin, Col Portillon, Cor Ares, Col Portet d’Aspet e o Col de Port, antes da chegada ao ponto alto do dia e local para registos fotográficos únicos, o Port de Palhieres. Um cavalo selvagem a lamber o capot da nossa viatura com um indiscritível pano de fundo com nuvens baixas, foi o momento que originou a foto vencedora do concurso “A melhor foto do GTR 2017”. O último dia de aventura não deixou de oferecer momentos entusiasmantes. Se a primeira parte do dia foi mais focada na condução, com uma subida em piso degradado a aumentar os níveis de adrenalina, e onde se podia ouvir o som dos diversos motores, a segunda foi a chegada a uma paisagem única neste GTR.
A Playa de Aro, já depois de Lloret del Mar, era o cenário ideal para repouso, onde a multidão de pessoas na rua contrastava com todo o restante cenário de montanha, deserto nos meses de Verão, e fechou com chave de ouro os últimos percursos de montanha desta aventura. A chegada a Barcelona, depois de 2820 Kms, com o jantar de entrega de prémio, a fotografia de grupo e a troca de contactos, foi feita num ambiente já de nostalgia, mas ficou prometido… haverá mais GTR!”
Texto: Nuno Antunes
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