Prémios Fénix
Academia Portuguesa de Cinema propõe António da Cunha Telles para Prémio Carreira
A direção da Academia Portuguesa de Cinema escolheu o produtor e realizador António da Cunha Telles para representar Portugal na categoria carreira dos Prémios Fénix da Academia Mexicana de Artes e Ciências Cinematográficas.
A votação para este Prémio é assegurada pelas diversas academias ibero-americanas e o vencedor será conhecido numa cerimónia que se realiza no dia 25 de novembro, no Teatro da Cidade do México.
Esta será a segunda edição dos Prémios Fénix que se destinam a reconhecer e celebrar o trabalho daqueles que se dedicam ao cinema na América Latina e na Península Ibérica.
Em Portugal, António da Cunha Telles já tinha sido reconhecido, em novembro de 2012, com o Prémio Sophia Carreira.
Sobre António da Cunha Telles:
Nasceu a 26 de Fevereiro de 1935 na Madeira, Funchal. Frequentou a Faculdade de Medicina de Lisboa. Realizou os seus primeiros filmes ainda enquanto estudante. Decide abandonar a Universidade para se consagrar exclusivamente ao cinema. Estuda em Paris durante 5 anos, entre 1955 e 1960, onde frequenta vários cursos de cinema, obtendo os seguintes diplomas:
- Diploma de Realização e Produção do I.D.H.E.C. – Institut des Hautes Etudes Cinématographiques – Menção “Assez Bien”.
- Diploma de Filmologia do Institut de Filmologie – Faculdade de Letras da Universidade de Paris (Sorbonne).
- Diploma “Expert en Techniques Audio-visuelles” do Centre Audiovisuel de l’Ecole Normale Supérieure de Saint-Cloud.
Após o regresso a Portugal produz, a partir de 1960, as seguintes Longas-Metragens: “VERDES ANOS” de Paulo Rocha; “LE PAS DE TROIS”de A. Dornet; “BELARMINO” de Fernando Lopes; “O CRIME DA ALDEIA VELHA” de Manuel Guimarães; “AS ILHAS ENCANTADAS” de Carlos Villardebó; “CATEMBE” de Faria de Almeida; “DOMINGO À TARDE” de António Macedo; “O TRIGO E O JOIO” de Manuel Guimarães;“MUDAR DE VIDA” de Paulo Rocha
Produz também várias Curtas-Metragens: “PXD” de Pierre Kast e J. Daniel Valcroze ;“LES CHEMINS DU SOLEIL” de Carlos Villardebó ;“ALTA VELOCIDADE” de António Macedo;“UMA EXPERIÊNCIA” de Paulo Rocha
E foi ainda co-produtor de alguns filmes franceses: “VACANCES PORTUGAISES” de Pierre Kast ;“LE TRIANGLE CIRCULAIRE” de Pierre Kast ;“LA PEAU DOUCE” de François Truffaut
Como realizador dirigiu os seguintes filmes: “O CERCO “ em 1969; “MEUS AMIGOS” em 1973; “CONTINUAR A VIVER” em 1976; “VIDAS” em 1983/84; “PANDORA” em 1992; “KISS ME” em 2004 (em pós produção)
Entre 1972 e 1978 dedica-se à distribuição de filmes de qualidade, de cineastas como EISENSTEIN, GLAUBER ROCHA, BERTOLLUCI, TRUFFAUT, ALAIN TANNER, OSHIMA, SANJINES. Em 1979 integra a Administração do INSTITUTO PORTUGUÊS DE CINEMA. Entre 1978 e 1982 é consecutivamente Administrador, Administrador Delegado e Presidente do Conselho de Administração da TÓBIS PORTUGUESA. Entre 1989 e 1993 é nomeado Presidente da Associação de Produtores de Filmes de Longa-Metragem.
Atualmente é o Presidente da Assembleia-geral da Associação de Produtores de Cinema.