Indicação de última hora dá vitória ao sprint
“Tinha a estrada toda para mim!”
José Gonçalves não estava indicado para entrar a “matar“ na reta da meta mas, à última hora, o diretor desportivo da Caja Rural disse-lhe que seria ele a tentar a vitória no empedrado do centro de Castelo Branco porque o companheiro Eduard Prades, vencedor neste local no ano passado, estava com um problema técnico. Bem dito bem feito! No final da 7ª etapa da 78ª Volta a Portugal Santander Totta assistiu-se a uma discussão ao sprint com José Gonçalves a bater, em cima da linha de meta, Samuel Caldeira (W52-FC Porto) que, pelo terceiro ano consecutivo na cidade albicastrense, foi segundo classificado. Francesco Gavazzi (Androni Giocattoli/Sidermec) fez terceiro.
“Não estava com a ideia de sprintar mas, claro, isso muda-se rápido. Somos profissionais. Disseram-me a cinco quilómetros da chegada que era para eu sprintar, nem fazia conta de estar aqui com os primeiros, mas quando soube dei o máximo. Esperei o momento certo para não me precipitar e arrancar demasiado cedo ou tarde demais. Arranquei a 200 metros e tive a estrada toda para mim,” disse José Gonçalves, sorridente, antes de subir ao pódio. Com a chegada em bloco cronometrada com o mesmo tempo para todo o pelotão, Rui Vinhas (W52-FC Porto) segurou a Camisola Amarela Santander Totta e manteve a mesma vantagem para o companheiro de equipa Gustavo Veloso, segundo classificado a 2’25’’ e o corredor mais regular em prova que lhe atribui a Camisola Verde Rubis Gás. Daniel Silva (Rádio Popular-Boavista) é terceiro a 2’53’’.
A três dias do final da competição, o melhor jovem em prova continua a ser o russo Alexandre Vdovin (Lokosphinkx) e veste a Camisola Branca RTP. Desde 2009 que a cidade albicastrense não assistia a um triunfo português, o último foi Manuel Cardoso (Liberty Seguros).
Etapa calma com chegada rápida
Depois da etapa rainha, onde imperou a montanha, os 121 corredores sobreviventes da 78ª Volta a Portugal Santander Totta apresentaram-se para esta etapa, em Figueira de Castelo Rodrigo, com objetivo de cumprir 182km. Sem qualquer contagem de montanha, o dia apresentava-se ideal para os roladores e velocistas que podiam dar o ar da sua graça na meta em Castelo Branco.
Com cerca de 20km de prova começou a ser formado o quinteto que estaria na fuga do dia. O grupo conseguiu ganhar cerca de cinco minutos ao pelotão, mas na primeira passagem pela meta já só restavam três unidades e a faltarem apenas dois quilómetros para a chegada os sobreviventes foram “engolidos” pelo grande grupo. Com as várias equipas a prepararem os homens mais rápidos para atacarem o sprint, abriram-se as cortinas para o espetáculo no famoso empedrado da Avenida Nuno Álvares.