Dragão Amarelo em Macedo de Cavaleiros
“Assumi sozinho as despesas da perseguição com o objetivo de “sacar” o máximo tempo possível”
William Clarke venceu, este sábado, a 3ª etapa da 78ª Volta a Portugal Santander Totta, após um dia de surpresas que “abanou” a Classificação Geral e levou Rui Vinhas (W52-FC Porto) à liderança. A chegada em Macedo de Cavaleiros foi protagonizada, no primeiro momento, por apenas dois homens que chegaram isolados com quase um minuto de vantagem, sorrindo o triunfo ao australiano da Drapac que se impôs a Marco Frapporti, o italiano da Androni Giocattoli-Sidermec.
Os dois protagonizaram uma fuga de mais de 80 quilómetros que chegou a ultrapassar 10 minutos de vantagem. Tratando-se de homens que estavam muito atrasados na classificação geral quem mais beneficiava era Rui Vinhas que no grupo perseguidor, com seis elementos, era o melhor classificado. A grande diferença fez suar os alarmes no pelotão com a Efapel preocupada em reduzir ao máximo o “fosso” que havia para o grupo perseguidor e no fim, quando quis correr atrás do prejuízo, já era demasiado tarde. O conjunto perseguidor concluiu a etapa com mais 54 segundos e Vinhas tornou-se o novo Camisola Amarela Santander Totta. A liderança do comandante da Volta é agora de 3 minutos e 13 segundos sobre Daniel Mestre (Efapel) que baixou ao segundo lugar. O pelotão, onde chegou integrado o anterior líder, terminou a etapa 4 minutos e 45 minutos depois.
“Assumi sozinho as despesas da perseguição com o objetivo de “sacar” o máximo tempo possível”, afirmou, tranquilo, Rui Vinhas apesar de estar a viver um momento de intensas emoções. A nova contabilidade da prova pode ser um problema para o diretor desportivo da W52-FC Porto que tinha apontado Gustavo Veloso para vencer esta edição da Volta a Portugal. Nuno Ribeiro esclareceu as dúvidas: “O objetivo da equipa é vencer a Volta a Portugal, o Gustavo Veloso continua a ser a nossa aposta, mas não vamos queimar o Rui Vinhas.” José Gonçalves (Caja Rural) mantém-se no pódio com o terceiro lugar, a 3 minutos e 14 segundos de Rui Vinhas.
Dia nervoso em Trás-os-Montes
Montalegre, que nos últimos dois anos emprestou a Serra do Larouco para chegadas em alto na Volta a Portugal, foi este sábado ponto de partida para os 158,9 Km da terceira etapa. Foi grande o nervosismo no início da tirada por dois grandes motivos: a luta pelas bonificações nas metas volantes e pela classificação da montanha, que tinha duas contagens de segunda categoria. Após esta etapa a Camisola Azul Liberty Seguros passou a pertencer a César Fonte (Rádio Popular-Boavista). Após a vitória na etapa, William Clarke tornou-se o homem mais regular em prova e vestiu a Camisola Verde Rubis Gás. O colombiano Diego Ochoa (Boyaca) continua a ser o melhor jovem em competição e veste a Camisola Branca RTP.