Início MotorSports AZORES RALLY: Vitória categórica de Lukyanuk

    AZORES RALLY: Vitória categórica de Lukyanuk

    VITÓRIA CATEGÓRICA E EM GRANDE ESTILO NO ERC AZORES AIRLINES RALLYE

    Alexey Lukyanuk colocou a fasquia bem alta para os seus rivais do ERC, ao liderar o Azores Airlines Rallye desde a tarde de quinta-feira até à última especial de sábado, celebrando a sua vitória com volteios antes da linha de chegada. Os pilotos portugueses, Ricardo Moura e Bruno Magalhães, deram o seu melhor, mas não conseguiram responder à rapidez do ritmo de Lukyanuk.

    Chris Ingram ganhou a dramática batalha pela vitória na categoria ERC Junior U28, ao passar para o primeiro lugar durante a última especial de sábado, depois de o seu principal rival, Martin Koči, ter sofrido um acidente. Diogo Gago segurou a vitória caseira da categoria ERC Junior U27, ao bater os pilotos Mārtiņš Sesks (ADAC Opel Junior Rallye Team) e Efrén Llarena (Team Rallye Spain). Juan Carlos Alonso encetou uma recuperação fabulosa e ganhou no ERC2, ao recuperar de uma bomba de combustível partida na quinta-feira e bater Sergei Remennik.

    Resumo da 2.ª Etapa: Lukyanuk abre a sua conta no ERC 2018 com uma vitória

    Com uma vantagem de 21.8s sobre o herói local, Ricardo Moura, Lukyanuk encontrou maneira de contornar os problemas com a fuga de óleo dos travões, ganhou as duas especiais da manhã de sábado e quase que dobrou a sua vantagem sobre Moura para 37.8s.

    Moura usou tudo o que tinha para tentar controlar o escorregadio russo, mas a pressão exercida foi um bocado longe demais e o açoriano bateu numa berma e entrou em pião com o seu ŠKODA Fabia R5, na passagem matutina pela especial da Tronqueira (SS11).

    Atrás, Bruno Magalhães começou o dia em terceiro lugar e a um passo dos líderes, mas um diferencial traseiro partido custou-lhe mais de meio-minuto e arruinou as hipóteses que tinha de sonhar com uma vitória em casa, por volta do serviço do meio-dia.

    Lukyanuk fez uma abordagem consistente às especiais finais, conservando os pneus e tentando não cometer erros. O ritmo de Moura diminuiu ao longo da tarde, o que o levou a perder 47.9s para o líder antes da especial final.

    O piloto da Russia Performance Motorsport pôs os corações a mil a apenas algumas centenas de metros do final da última passagem pela Tronqueira. O russo resolveu celebrar a sua vitória, fazendo piões para deleite dos fãs. A sua tirada artística custou-lhe quase meio-minuto, mas com quase um minuto de avanço, oferecer espetáculo aos fãs que assistiam não fez mossa na classificação. Ganhou com 16.4s de avanço.

    “A disputa com estes dois foi excelente. Estou muito orgulhoso por estar a lutar pela vitória com eles e ganhar em frente a tanta gente, com os espetadores sempre a puxarem por nós. Muito obrigado, Açores!” afirmou Lukyanuk.

    “Controlei ao máximo a minha forma mais óbvia de pilotar e os meus sentimentos, a minha vontade de andar sempre mais depressa. Foi um rali difícil para o meu autocontrolo. Na última especial, estava em pulgas antes do final, e soltei tudo o que tinha nos piões. Estou muito feliz pela equipa, pelos patrocinadores e por toda a gente. Espero que continuemos assim!”

    Apesar de ter feito uma “má escolha de pneus” (segundo as palavras do próprio), Magalhães continuou a pressionar e aproximou-se de Moura, mas faltaram-lhe 9.3s para tirar o segundo lugar ao açoriano.

    Os pilotos nacionais, Carlos Vieira e Bernardo Sousa, perderam a oportunidade de terminarem no top-10, depois de sofrerem acidentes na especial de abertura de sábado. Vieira dobrou a suspensão traseira direita e perdeu mais de quatro minutos, enquanto Sousa viu as temperaturas do óleo subir e teve que desistir.

    A SS11 foi atrasada devido ao acidente de Frank Tore Larsen, que enfiou o carro numa árvore, bloqueou o troço e viu-se forçado a desistir. Hubert Ptaszek também contribuiu para o dramático desfecho da última especial, ao embater numa casa de arrumos de uma quinta, resultado de uma confusão causada por uma incorreção nas notas de andamento.

    Chris Ingram, Fredrik Åhlin, Norbert Herczig, Łukasz Habaj, Rhys Yates, Ricardo Teodósio e José Pedro Fontes ocuparam as restantes posições do top-10.