De 12 a 15 de outubro haverá mais de duas dezenas de projetos a animar os concelhos do Médio Tejo, da dança ao teatro, da música ao novo circo, e todos, desde os artistas ao público que está a assistir, desempenham o seu papel na construção de experiências únicas.
Depois de um verão marcado pelos muitos incêndios que devastaram parte da floresta da região Centro, é altura de celebrar a vida, convidando pessoas de todo o País para testemunhar a beleza que persiste nas vilas e cidades do Médio Tejo, bem como a riqueza das tradições e modos de vida das suas gentes, com raízes culturais bem fixas nestas terras.
Nenhum lugar tem alma sem as pessoas e os Caminhos são feitos por quem os percorre e se cruza com as paisagens, os monumentos, os espaços culturais, as casas, as praças, as ruas, as gentes.
Como já vai sendo imagem de marca, os Caminhos da Pedra vão dar palco a artistas diferentes, com percursos nem sempre conhecidos das grandes massas, mas que se distinguem pela sua excecional qualidade e prometem surpreender o público.
Imperdível será a estreia da Orquestra Caminhos, a 15 de outubro, no Sardoal, um projeto comunitário dirigido por António Serginho, onde a música se afirmará como um cartão de visita invisível, assinado por músicos amadores locais.
Também o Teatro Necessario, em estreia nacional, será uma experiência marcante para quem aprecia artes performativas (e, quem sabe, precise de tratar da barba e cabelo…) Este grupo de três artistas, vindos de Itália, transportam-nos para o ambiente das velhas barbearias, mostrando-nos os seus dotes de barbeiros com teatro, música, circo e muitos risos à mistura.
De volta aos Caminhos está Marina Palácio, na área dos percursos artísticos, guiando-nos desta vez pela vila medieval de Ourém, com leituras reais e imaginárias pela geologia, etnografia e natureza.
O mote “Médio Tejo – Uma região a caminho” norteia os roteiros de descoberta deste território. Com os Caminhos da Pedra fecha-se um ciclo, fazendo jus às duas primeiras etapas, com um programa inspirado nas estradas e nos caminhos que marcam o Centro do País – este ”coração de Portugal” que resiste, apesar de todas as contrariedades, mantendo intactos muitos dos seus segredos e recantos únicos.