Águeda Living Lab conquista Prémio de Boas Práticas de Participação
Foram apresentados no passado dia 6 de abril os resultados da segunda edição do Prémio de Boas Práticas de Participação em Portugal, uma iniciativa da Rede de Autarquias Participativas (RAP), onde o projeto Águeda Living Lab (ALL) conquistou uma Menção Honrosa, numa cerimónia que decorreu na Comunidade Intermunicipal do Algarve, no âmbito das Formações Regionais da Rede.
Para Gil Nadais, “o reconhecimento do Águeda Living Lab, no âmbito das Boas Práticas de Participação em Portugal, constitui igualmente o reconhecimento de Águeda enquanto uma “Human Smart City”, que coloca à disposição da comunidade soluções que facilitem o seu envolvimento e conexão, estimulando e apoiando projetos, com vista a melhorar a qualidade de vida na cidade de Águeda e em todo o concelho.”
Com o projeto «Biblioteca Humana», o Município de Valongo conquistou o galardão da melhor prática do ano de 2016, com o seu Presidente, José Manuel Ribeiro, a receber a distinção.
As práticas a concurso foram inicialmente analisadas por um júri independente, tendo-se seguido a votação pública numa plataforma online, sendo que cada uma destas fases teve um peso de 50 por cento na pontuação final.
Sobre o Prémio
O “Prémio de Boas Práticas de Participação” consiste numa iniciativa da Rede de Autarquias Participativas (RAP), que se constituiu a 3 de dezembro de 2014, sendo Águeda uma das autarquias fundadoras.
Este Prémio, de carácter anual, visa constituir um incentivo à implementação, disseminação e valorização de práticas inovadoras de democracia participativa. Pretende-se desta forma reconhecer e valorizar instrumentos que apelem ao envolvimento dos cidadãos em toda a esfera da vida pública, ou seja, na elaboração, gestão, implementação e avaliação de políticas públicas; fomentar o desenvolvimento dessas práticas; incentivar iniciativas capazes de reconstruir a confiança na democracia portuguesa através da criação de espaços de partilha de poder entre a Administração Pública e cidadãos; e ainda, construir um historial de boas práticas de democracia participativa no país.
Terminou no passado dia 31 de janeiro o período de avaliação, pelo júri, das candidaturas ao Prémio de Boas Práticas de Participação 2016, onde foram identificadas as cinco práticas consideradas finalistas pelo júri e respetivas classificações finais, numa escala de 0 a 10, são:
Biblioteca Humana de Valongo (8,48);
Eco Parlamento de Guimarães (8,12);
Águeda Living Lab (7,92);
Orçamento Participativo da Lourinhã (7,87);
Orçamento Participativo da União de Freguesia de Massamá e Monte Abraão (7,67).
Seguiu-se a fase de votação pública, que teve um peso de 50% na pontuação final, tendo o Município de Águeda o segundo projeto mais pontuado.
São entregues dois prémios, cabendo ao primeiro classificado a nomeação de melhor prática de democracia participativa em Portugal e ao segundo classificado uma menção honrosa.
Sobre o Águeda Living Lab
O Águeda Living Lab (ALL) é um projeto do Município de Águeda que surgiu no desafio deste em assumir-se cada vez mais como uma Human Smart City.
O ALL pretende fazer da cidade de Águeda um espaço de experimentação, incentivando toda a comunidade a participar ativamente na cocriação e partilha de experiências. Este oferece igualmente um espaço físico que privilegia um ambiente de inovação e criatividade, facilitando equipamento e apoio técnico especializado, desenvolvendo iniciativas de caráter não formal reunindo Escolas e Empresas, promovendo a interação entre crianças, universitários, “makers” e restantes membros ativos da comunidade.
A essência do ALL depende da participação de toda a comunidade, tendo esta um forte contributo na implementação do seu espaço físico, essencialmente, devido a dois grandes fatores: primeiro pelo feedback dado nos Workshops que definiram as suas primeiras ações, em que se percebia a necessidade em disponibilizar um espaço onde os participantes pudessem dar continuidade à sua aprendizagem; o segundo ao auscultar os alunos das Escolas do Concelho, no sentido de perceber o seu interesse em disporem de um espaço que pudessem frequentar diariamente e contactar com temáticas não abordadas no contexto escolar, de livre e espontânea vontade sem qualquer caráter obrigatório.
Pretende incutir um espírito participativo e de ‘curiosidade’ nos cidadãos, de querer saber/fazer num conceito de experimentação e teste de ideias, com o intuito de se criarem condições para o desenvolvimento de soluções que visem melhorar a qualidade de vida na cidade de Águeda.